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quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Sociedade Padronizada

Sempre fico questionando esse padrão de beleza, para Schopenhauer ( A metafísica do amor), ele percorre entre outras coisas, que o homem, através da vontade ( vida) deseja ardentemente as criaturas mais belas, porque está impressa o tipo mais puro da espécie, mas depois irá procurar nos outros as principais qualidades que faltam a ele próprio. Após essas buscas o próprio homem percebera ou não, que as imperfeições, estão dentro dele mesmo.


O belo é o caminho sim, concordo, porém anda ao lado das ilusões que ora agradam ou não, as ilusões são abstrações construídas pelas percepções, brotadas em um terreno (instinto, ou inato ), desenvolvidas pelas percepções do seu próprio andar da vida.

Comentem sobre a beleza
Grato

Fernando

Veja o texto abaixo


Por Fernando Augusto Botelho – RJ


Universidades convocam mulheres feias para tratamento psicológico

Pesquisadores querem testar tratamento para curar transtornos gerados por obsessão com beleza ideal.

BBC

As Universidades de Granada e Jaén (ambas no sul da Espanha) estão convocando mulheres feias para um projeto experimental científico. O objetivo é testar um tratamento psicológico que cure os transtornos provocados pela obsessão com o ideal de beleza inalcançável.

As faculdades de psicologia das duas universidades oferecem o tratamento gratuito a mulheres entre 19 e 30 anos que admitam estar insatisfeitas com seu aspecto físico e queiram participar de forma voluntária do projeto.

A coordenadora do estudo científico e catedrática em psicologia da Universidade de Granada, Maria del Carmen Santaella justifica a importância do tratamento de pessoas consideradas feias “porque a preocupação com o aspecto físico afeta de forma alarmante a uma parte importante da população”.

“O ideal de beleza transmitido pela família, amigos e mídia é tão rígido na nossa sociedade que chega a alterar a percepção que uma pessoa pode ter sobre o que é uma aparência normal”, afirmou.

“São padrões inalcançáveis que acabam provocando transtornos graves, o que em psicologia chamamos de descontentamento normativo”, disse à BBC Brasil.

Sem critérios

Para participar do projeto não há um critério estético. Cada candidata que se ache feia e considere que o aspecto físico lhe cria problemas emocionais e de adaptação social, pode se inscrever.

Mas as universidades valorizarão históricos como obesidade (índice de massa corporal igual ou superior a 30 pontos), transtornos de alimentação e tentativas excessivas de dietas e exercícios físicos.

A equipe de investigadores selecionará as mais feias considerando também fatores psicológicos provocados pela falta de autoestima como ansiedade e depressão.

“Não se trata apenas de fazer com que as pessoas se sintam mais bonitas, mas que reduzam seus níveis de estresse”, explicou Santaella.

“Uma vez que deixem de atentar contra si mesmas, lhes ajudamos a controlar a ansiedade, aumentar seus sentimentos pessoais, reconhecer sua beleza e reduzir o mal estar que lhes provoca o próprio aspecto.”

O projeto será dirigido pela clínica de psicologia da Universidade de Granada que já colabora com outros grupos de investigação na Holanda e na Alemanha em tratamentos de pessoas com transtornos de obesidade, bulimia e anorexia.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/universidades-convocam-mulheres-feias-para-tratamento-psicologico.html

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nais Marx



Veja esse vídeo simples porém com uma ótima trilha sonora e uma barba Tosca.Produção Brasileira que serve de referência aos alunos, vejam.


Dia 05 de maio ontem, aniversário de Marx. Parabéns a todos.



DIscurso de Friedrich Engels no funeral de Karl Marx

“Em 14 de março, quando faltam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador do presente. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de encontramos ele em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre.

O que o proletariado militante da Europa e da América, o que a ciência histórica perdeu com a perda desse homem é impossível avaliar. Logo evidenciará-se a lacuna que a morte desse formidável espírito abriu.

Assim como Darwin em relação a lei do desenvolvimento dos organismos naturais, descobriu Marx a lei do desenvolvimento da História humana: o simples fato, escondido sobre crescente manto ideológico, de que os homens reclamam antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poderem praticar a política, ciência, arte, religião, etc.; que portanto a produção imediata de víveres e com isso o correspondente estágio econômico de um povo ou de uma época constitui o fundamento a parir do qual as instituições políticas, as instituições jurídicas, a arte e mesmo as noções religiosas do povo em questão se desenvolve, na ordem em elas devem ser explicadas – e não ao contrário como nós até então fazíamos.

Isso não é tudo. Marx descobriu também a lei específica que governa o presente modo de produção capitalista e a sociedade burguesa por ele criada. Com a descoberta da mais-valia iluminaram-se subitamente esses problemas, enquanto que todas as investigações passadas, tanto dos economistas burgueses quanto dos críticos socialistas, perderam-se na obscuridade.

Duas descobertas tais deviam a uma vida bastar. Já é feliz aquele que faz somente uma delas. Mas em cada área isolada que Marx conduzia pesquisa, e estas pesquisas eram feitas em muitas áreas, nunca superficialmente, em cada área, inclusive na matemática, ele fez descobertas singulares.

Tal era o homem de ciência. Mas isso não era nem de perto a metade do homem. A ciência era para Marx um impulso histórico, uma força revolucionária. Por muito que ele podia ficar claramente contente com um novo conhecimento em alguma ciência teórica, cuja utilização prática talvez ainda não se revelasse – um tipo inteiramente diferente de contentamento ele experimentava, quando tratava-se de um conhecimento que exercia imediatamente uma mudança na indústria, e no desenvolvimento histórica em geral. Assim por exemplo ele acompanhava meticulosamente os avanços de pesquisa na área de eletricidade, e recentemente ainda aquelas de Marc Deprez.

Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no ‘Rheinische Zeitung’ (1842), no parisiense ‘Vorwärts’ (1844), no ‘Brüsseler Deutsche Zeitung’ (1847), no ‘Neue Rheinische Zeitung’ (1848-9), no ‘New York Tribune’ (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho em organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional de Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, ainda que não tivesse feito mais nada.

E por isso era Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade. E ele faleceu reverenciado, amado, pranteado por milhões de companheiros trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria, em toda parte da Europa e América, até a Califórnia – e eu me atrevo a dizer: ainda que ele tenha tido vários adversários, dificilmente teve algum inimigo pessoal.

Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!”

O original se encontra em http://www.marxists.org/portugues/marx/1883/03/22.htm

Aniversário de Karl Marx




Ontem foi aniversário dele, achei um depoimento desse Grande Mestre e Doutor no sitio de Luis Nassif, achei interessante quando ele relaciona o marxismo com o Cristo. Achei magnifico.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alice no Pais das "maravilhas"

"Esse Belo artigo do meu colega e de assustar o nosso belo estado,tudo em nome do desenvolvimento social"

Alice e o Estado das Maravilhas

LUIZ BORGES

     Saí desnorteado com os resultados apresentados no Primeiro Seminário sobre Agrotóxico realizadonesta semana pela Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Neste, foi apresentou-se de forma inédita e totalmente científica os primeiros vestígios da ação letal dos agrotóxicos em Mato Grosso. Os municípios pesquisados foram Lucas de Rio Verde e Campo Verde e os dados são alarmantes sobre os danos às espécies vivas -anfíbios, animais, flora – especialmente à água e aos homens que se contaminam pela utilização de 41 litros de “defensivo” agrícola por habitante.

    Tamanho desconforto senti, que só me restava enfiar a cara num buraco e visitar o mundo fantástico e incrivelmente surpreendente de “Alice nos País das Maravilhas”, do cineasta Tim Burton. Afinal dentre os derivados industriais das grandes corporações, prefiro os da cultura ante ao lixo produzido pelo lucro a qualquer preço das grandes corporações internacionais. Estes no mínimo promovem a reflexão, e não contamina as nuvens, enquanto os “defensivos agrícolas” colocam em curso o genocídio do povo mato-grossense.

    Alice, vivida pela atriz Mia Wasikoska, encontra-se num momento importante da sua vida. Aos 19 anos vive diante de uma difícil decisão: ou cumpre a missão costumeira reservada as mulheres da época – o casamento –, ou continua acreditando no sonho e na imaginação de um mundo libertário, recheado de aventuras. Assim como ela esquecera que aos sete anos caíra num buraco, o filme trata do retorno da desmemoriada Alice, “menina burra” como é chamada pelos surreais personagens do filme dentre outros, o Gato, a Lebre, e o amoroso Chapeleiro Maluco – Jonnhy Depp. Tão burra quanto me senti ao adentrar o mencionado seminário. Pois há mais de 25 anos isto tudo já fora prenunciado, mas tal como Alice, perdemos a memória. Ainda que seja mais um inconteste resultado da fórmula bem sucedida desenvolvida por Tim Burton e os Studios Disney (a poderosa indústria cinematográfica), neste filme o cineasta retorna a mais universal das figuras infantis criada por Lews Carol, porém com a roupagem, ritmo e clima de um livro de Edgar Alan Poe. Não é de se estranhar que este escritor fosse o preferido de Burton em sua infância quando fugia das monótonas salas de aula e se entregava ao mundo mágico dos livros. Soturnez presente em obras anteriores do cineasta: “Edward Mãos de Tesoura” (1990), “A Noiva Cadaver” (2005), "Sweeney Tood – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet" ( 2001) mas não tão inovador e humorado como “Ed Wood” ( 1994). Não fosse a presença permanente de música durante todo o filme – o que muito me incomoda nas produções americanas - “Alice” seria um filme perfeito e importante para o despertar da letargia da sociedade mato-grossense que assiste silenciosa à aplicação de um modelo letal e falido de desenvolvimento econômico na região.

Acorda Alice ou Cortem as Cabeças!

Luiz Carlos de Oliveira Borges é cineasta, pesquisador e servidor da UFMT.

Escreve às sextas-feiras no Folha 3

domingo, 2 de maio de 2010

adoro



esse cara e bom de  mais, essa vida burguesa e louca